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9 de setembro de 2008

As conseqüências da violência para a vida adulta

Atualmente clicamos um botão e o mundo entra em nossas casas. Na Áustria, uma filha é submetida a cárcere privado e abuso sexual pelo pai. Em Portugal, numa vila litorânea, uma menina inglesa, desapareceu em um hotel: os pais são considerados suspeitos, e negligentes, ao medicarem a filha e os irmãos com tranqüilizantes para fazê-los dormir. No Brasil, o caso Isabela Nardoni provocou comoção nacional. Uma atleta brasileira declara publicamente ter sofrido abuso sexual aos 9 anos pelo professor de natação, e que já adulta constata ainda as conseqüências desses abusos. Pais com sentenças diversas por negligência aos cuidados com os seus filhos.

Seguem-se muitos outros episódios, muitos não expostos ao público, mantidos velados. Conforme dados estatísticos em 2007, grande número de crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos foram vítimas de abusos pelos seus pais, tios e avós, independente de classe social. Salienta-se que essa estatística evidencia que não é apenas a figura masculina o protagonista dessas práticas, há um número de mães, avós, tias envolvidas em maus-tratos, abusos sexuais e negligências.

A contrapartida dos episódios velados em detrimento daqueles que estão postos ao público, nos coloca num momento histórico mais avançado; a sociedade é exigida a se voltar para esses problemas, definir programas e iniciativas com vistas à solução. Seríamos ingênuos se considerássemos que essas ocorrências são próprias de nossa época. O que vem mudando é o alcance dessas ocorrências postas ao público, numa sociedade em que a conquista do direito de cidadania a toda criança é a ordem do dia e em que a informação globalizante traz todos os acontecimentos para o fundo do nosso quintal.

No confronto com esses acontecimentos que estão estourando na mídia, famílias que sofreram essas situações, mesmo que veladas, são colocadas em cheque, tanto na sua situação singular, como na situação geral. As pessoas não conseguem evitar de sofrer emocionalmente neste confronto. A Psicoterapia Existencialista Científica trabalha com problemas dessa ordem, sustentada na produção desses últimos anos: tanto na prevenção da ocorrência desses impasses, como na resolução, quando esses já estão instalados.


Lara Beatriz Fuck
Psicóloga - CRP 12/01342
Sócia
do Nuca - Núcleo Castor
Imagem copiada da Internet

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