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4 de novembro de 2013

Necessidade Lógica: Ética e Política.

Aristóteles montou sua lógica formal (sua metodologia!), sua física, sua cosmologia e sua metafísica: provocou a impressão de haver feito um caminho pelos fatos acontecidos (ocorrências). Mas, na verdade: tratava apenas de justificar a posição em que se pusera "a priori" para defesa tácita do Império Macedônio sonhado por ele e seu pai, da corte de Alexandre. Como se cuidava apenas de uma lógica a serviço dos seus interesses, para que esses mesmos interesses não ficassem absurdos e seu sistema de justificações desabasse, - inventou a necessidade lógica, isto é: inventou um meio de justificar que havia uma "Verdade Absoluta," que somente ele conheceria "a priori," e que o reconhecimento de tal verdade seria imprescindível para que tudo (no caso seu sistema de ideias) não caísse no absurdo ou desabasse ao infinito. Essa primeira verdade, na física aristotélica veio a ser o dito "Primeiro motor imóvel": que não se move (não faz nada!), não é movido por outro e move tudo sem se mover (por isso motor eterno, isto é: que não existe no tempo ou em qualquer lugar, sendo garantido apenas pela própria lógica que, por sua vez nele se sustenta: círculo inequívoco!. A teoria dos conjuntos e a Geometria das Funções foram concebidas somente ao século XIX, quando a ciência experimental contemporânea precisou trabalhar com os acontecimentos (fatos acontecidos), ditos ocorrências e traduzidos por variáveis matemáticas, possibilitando o "Cálculo Diferencial e Integral," sem o que não é possível fazer inteligência procedente para um conjunto de ocorrências constituindo um fenômeno: objeto da ciência, moderna, clássica e contemporânea. Mas, isto ainda não alcançou infelizmente às inteligências que estudam os fenômenos antropológicos, que seguem sequestrados pelas ditas "Ciências Humanas," abrigadas na mitologia aristotélica, que é apenas outra versão do mito platônico da caverna: em que haveria os iluminados (filósofos que deveriam ser os governantes no caso), e sobraria para o povo contemplar as sombras, rendendo-se ao senhores das luzes, que as alcançariam pelo diálogo entre eles (dialética platônica ou dialógica, como quis a Teologia da Libertação de Henrique Dussel, dita Latino-americana, apesar de concebida por teólogos europeus), tal e qual preconizaram Martin Heidegger e Edmundo Hurssel, ao inventarem a dita circularidade hermenêutica já implicada pelas conjecturas aristotélicas (como vimos acima!), com o objetivo de resolverem a sustentação do conhecimento (que pretendiam e diziam científico) na chamada intersubjetividade, quer dizer: negociação conceitual entre supostos iluminados: sempre remetidos ao mito da Razão Universal ou Verdade absoluta: correspondente ao Primeiro Motor Imóvel da Física do Aristóteles. Assim, Platão e Aristóteles fundidos e passados pela mitologia cartesiana expressamente em Edmundo Hurssel vieram compor a inteligência filosófica que abrigou ao Nacional Socialismo de Hitler com as consequências desastrosas do holocausto e coisas mais como sabemos. É que, ao fundo de tudo isso, como alicerce antropológico, estão a Ética e a Política de Aristóteles; para quem, “política seria a arte de governar os povos” quer dizer: habilidade do Imperador (para ele o Alexandre da Macedônia!) em administrar seu Império ou sua sociedade com seus súditos, seu Império Macedônio unificado!. Noutros termos e resumindo: os filósofos dessa tradição ou escola Greco-romana-cartesiana chegaram ao Terceiro Milênio cavalgando nas tropas do Macedônio a usar capacete de “Os Três Mosqueteiros” a confundir-se com os nossos astronautas, na pretensão de pensar uma inteligência de um Estado Republicano Democrático e Humanista, para nosso povo destes dias. (Pedro Bertolino/ Fpolis./ 24.10.013)
 
 

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